16 de nov. de 2008

“O petróleo é nosso” – Minério e Aço não.

por Nilson Motta

Esse celebre slogan que consagrou o nascimento da Petrobrás está vivo na mentalidade de muitos brasileiros. Ainda mais com os resultados que essa estatal criada em 3 de outubro de 1953 vem tendo. Mesmo com a atual crise financeira do mundo e, diga-se de passagem, uma das mais sérias já registrada, equiparando-se somente com 29, ainda sim a “Petrobrás registra maior lucro de sua história”.

Entre janeiro e setembro, como destaca o jornal O Globo de quarta-feira, 12 de novembro de 2008, o ganho anunciado foi de R$ 26,5 s6 bilhões.

Todavia, sabemos que as comodities registram uma forte desvalorização no mercado financeiro, e mesmo assim a Petrobrás cresce. Enfim uma estatal que deu certo. Que serviu e que serve. Imagina se tivessem privatizado ela também. Os investimentos que a poderosa estatal vem fazendo sistematicamente nas cidades e nos estados, sobretudo no Rio de Janeiro ajudam a desenvolver a região, gerando emprego, renda, ou seja, crescimento.

O que é incompreensível e até hoje não há um que me faça entender, nem o próprio feitor é... A privatização da Cia. Siderúrgica Nacional (1941) e a mineradora Vale do Rio Doce (1943). A primeira foi vendida por US$ 1,6 bilhão, tudo bem que era deficitária em US$ 415 milhões, porém depois de ser privatizada começará a dar lucro de US$ 202 milhões. Isso é demais para minha cabeça. Acredito que para a sua também.

Mas isso não é nada em vista da VALE, que tinha um superávit de US$ 2,97 bilhões anuais, foi vendida em maio por migalhas (US$ 3,3 bilhões), quase o mesmo lucro que dava. Calma. Eu sei que é confuso... Fiquei assim também. Mas graças a Deus sobrou uma, a que nos ajuda. A que “é nossa”.

Em 2007 a CSN apresentou lucro de R$ 2,9 bi e a VALE de R$ 20 bi.

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