21 de out. de 2009

Combatendo os Fins e não os Meios

por Nilson Motta

Nos últimos dias o Rio de Janeiro vive um clima de guerra e terror.

A política de segurança pública do Rio de Janeiro é invadir favelas. Ou seja, combater os fins, trocar tiro com bandidos, prender traficantes e apreender armas e drogas. Entretanto todo esse esforço é no mínimo burro. Morrendo ou sendo preso um bandido, provavelmente irá nascer com uma certa "razão" outros 5 ou 10 infratores.

O grande problema da cidade maravilhosa é que nunca procura-se entender os meios que levam um indivíduo a entrar para esse mundo. É simples e fácil julgar como monstro o soldado de bermuda e chinelo que derrubou o helicóptero, o complicado é tentar entender como ele chegou até aquela situação.

Os meios é que devem ser entendidos. Ninguém nasce bandido ou traficante, somos animais e instintivos que sempre iremos buscar sobrevivências e geralmente buscamos sobreviver da forma mais simples que nos apresentam, sobretudo quando não possuímos conhecimento para avaliar.

Está chegando 2016, e quem será beneficiado? Zona Sul, Barra, Recreio e Centro, que receberam obras de infra estrutura, instalações esportivas e os imóveis terão uma valorização significativa, podendo chegar até 100%.
Porém, e as favelas? Permaneceram invisíveis para os turistas e já são invisíveis até para nós, que só enxergamos ou só lembramos quando há incidentes como no Morro dos Macacos.

O grande combate ao tráfico e aos bandidos será possível através do velho porém verdadeiro discurso de educação e emprego. Acrescentaria a legalização das drogas, porém isso é para outra discussão.

Combater os fins não adianta em nada...

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